As cores vivas do papa-figos tornam esta ave bastante atraente, mas os seus hábitos discretos fazem com que seja muito mais vezes ouvido que visto.
Tal como esta ave colorida que chega ao sul da europa a partir de abril, quantas vezes a descriminação e o preconceito também só são percecionados tardiamente, apenas ouvidos como ruido de fundo, ao qual não ligamos pois não o vemos a fonte do mesmo, toldado que está o nosso olhar.
Começo com esta introdução pois o dia de hoje foi dedicado à exploração dos conceitos de descriminação muitas vezes iniciada pelo recurso automático, de qualquer um de nós, aos estereótipos e preconceitos existentes de forma disseminada e por vezes impercetível na nossa sociedade, que podem conduzir de forma mais ou menos sub-reptícia ao preconceito e intolerância perante a diferença do outro em relação à norma. É importante, até pela nossa função de educadores, que estejamos prevenidos e alertas contra estas formas de segregação, sensíveis ao outro com o qual trabalhamos e ajudamos a desenvolver os seus potenciais de forma integrada, integrados de forma útil e sem preconceitos na sociedade construindo as suas vidas e personalidades, superando de forma resiliente as suas limitações. As atividades de grupo geraram trocas de opiniões entre nós muito enriquecedoras e esclarecedoras construindo-se bases de sensibilização para um maior alerta contra estas situações. Ora na construção de uma escola inclusiva é importante remover algumas barreiras levantadas por estes tipos de sentimentos discriminatórios envolvendo todos os agentes educativos sem esquecer os pais. Foram discutidas alguma estratégias de envolvimento parental na dinâmica da escola e da sua organização. Por fim foi desenvolvido um role-play onde fomos convidados a assumir o papel do outro, diferente de nós, como forma de interiorizarmos as suas dificuldades e limitações num mundo dito normal.
No final foi feita uma breve apresentação das escolas de origem dos participantes Polacos e Romenos onde falaram do trabalho aí desenvolvido.
No final da tarde o grupo reuniu numa animada confraternização junto ao mar, com comidas, bebidas e músicas de cada um dos países, onde apresentámos o nosso país recorrendo a um simples quizz onde cada resposta dava a conhecer um pouco do nosso país. No final houve uma troca de prendas como forma de estabelecer pontes. Esta confraternização permitiu conhecermo-nos melhor bem como algumas tradições e hábitos culturais dos mesmos, fortalecendo-se a camaradagem de grupo.
Acabo esta "crónica" com aquela frase feita "SOMOS TODOS IGUAIS E FELIZMENTE TODOS DIFERENTES", se não é exatamente assim, passa a ser pois assim a assumo. Até amanhã
vive lá diversité
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